A Incatema finaliza os trabalhos do emissário submarino de Cambérène (Dacar, Senegal)

22 September, 2023

A Incatema concluiu os trabalhos do emissário submarino de Cambérène. A infraestrutura, financiada pelo Banco Islâmico de Desenvolvimento, será entregue nos próximos dias ao Escritório Nacional de Saneamento do Senegal (ONAS), a entidade promotora do projeto.

A execução da última fase dos trabalhos incluiu o lastro e a colocação, proteção e sinalização dos últimos 100 metros da tubagem de polietileno, após a retirada da perfuradora de túneis que permitiu a escavação de um micro túnel com mais de 1.200 metros de comprimento e 2,6 metros de diâmetro sob o Oceano Atlântico. Nessa distância da costa, já em alto mar, é onde acontece a diluição definitiva das águas residuais, que são previamente tratadas para limpeza e purificação na estação de tratamento de águas residuais (ETAR), também construída pela Incatema. A ETAR começo as atividades recentemente para testar seu correto funcionamento até a entrega final, conforme informámos cá.

O processo de purificação começa na ETAR e conclui-se em alto mar graças às condições naturais do oceano

Uma vez que as águas residuais, previamente tratadas na ETAR, chegam limpas em alto mar através do emissário submarino, o oceano completa o processo de purificação de forma natural. Segundo explica Fernando Díaz, diretor de Infraestruturas da Incatema, “nas águas profundas do oceano ocorrem condições físicas, químicas e biológicas naturais, sem intervenção humana, que permitem que a água diluída pelo emissário seja completamente purificada. Isso é favorecido pela temperatura da água, a pressão do oceano, suas condições de salinidade, as correntes marítimas e a radiação ultravioleta.”

Ambas as infraestruturas, a ETAR e o emissário que se conecta diretamente a ela, contribuem para a economia circular e a economia azul, e fazem parte do programa do governo do Senegal para reduzir a poluição na região norte de Dacar, uma das cidades com os maiores níveis de poluição do país africano. Quando ambas as infraestruturas estiverem a funcionar plenamente, terão um impacto muito positivo na população da região, em conformidade com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas número 6, "Água limpa e saneamento", e número 14, "Vida na água”.